sexta-feira, 10 de maio de 2019

JULGAMENTO: A GUILHOTINA QUE VIROU FERRAMENTA DOS AFOITOS


Infelizmente, nós, humanos, temos a (péssima) habilidade de julgar as pessoas rapidamente e, pior, sem qualquer tipo de conhecimento sobre as situações que elas estão vivendo no momento.

Dificilmente nos colocamos no lugar do outro, já que  não sabemos o que estão passando.

A história a seguir é um exemplo comovente disso, os fatos se repetem frequentemente com pessoas, entidades, governos, profissionais. Ela nos ensina a não nos precipitarmos nos julgamentos, mesmo nos momentos mais difíceis.

Encontrei nos caminhos da vida, por aí o texto a seguir. O título é “A história de nossas vidas”. O nome do autor, vou pesquisar depois, até agora não consegui achá-lo. Mas é um fato real e sério..

Tudo começou quando um médico foi chamado às pressas ao hospital para fazer uma cirurgia em um garotinho.

Depois de receber o chamado do hospital, o médico trocou de roupas rapidamente, chegou ao hospital em alguns minutos e seguiu direto ao centro cirúrgico.



Ao chegar no local, encontrou o pai do garoto andando para lá e para cá no corredor esperando por ele.

Ao vê-lo, o pai gritou: “Por que você demorou tanto? Você não sabe que a vida do meu filho está em perigo? Você não tem nenhum senso de responsabilidade?”

O médico apenas sorriu e respondeu: “Me desculpe. Eu não estava no hospital e vim o mais rápido que pude depois de receber a ligação e, agora, por favor, se acalme para que eu possa fazer o meu trabalho”.

“Me acalmar? E se fosse o seu filho naquela sala de cirurgia agora, você ficaria calmo? Se o seu próprio filho morre enquanto espera pelo médico, o que você faz?”, respondeu nervosamente o pai.
Mais uma vez, o médico sorriu e respondeu: “faremos o nosso melhor com a ajuda de Deus e você pode rezar pela saúde de seu filho também”.

“Dar conselhos quando não está preocupado é muito fácil”, resmungou o pai do garoto. A cirurgia durou algumas horas e, quando o médico saiu do centro cirúrgico feliz, deu a boa notícia ao pai do garoto: “Graças a Deus, o seu filho está salvo!”

Sem esperar pela resposta do pai, ele se despediu correndo: “Se tiver qualquer dúvida, fale com a enfermeira.”

“Que arrogância! Não dava para ele esperar alguns minutos enquanto eu perguntava mais sobre o estado do meu filho?”, o pai comentou com a enfermeira quando ela chegou logo após a saída do médico.

Com lágrimas nos olhos, a enfermeira respondeu: “O filho dele faleceu ontem em um acidente de carro. Ele estava no enterro quando ligamos para que ele fizesse a cirurgia do seu filho.”
E continuou: “Agora que ele salvou o seu filho, voltou para terminar o enterro do filho dele”.

NOTA  AO  PÉ DA PÁGINA

Esta história nos ensina uma grande lição e nos mostra o quanto somos ágeis em julgar o próximo. Estou lidando com ela quase que em todos os dias, vendo a guilhotina cortar pescoços como na Revolução Francesa. Vejo, ouço, leio e assisto ao vivo por aí. Às custas de muita observação, quando pensava que o jornalismo me levava ao caminho do pai que cobra atenção ao filho, ou seja, precipitadamente, mesmo a uma altura bem adiantada do tempo, resolvi estudar História. Fi-lo com cuidado e tanto que me dispo de modéstia falsa para dizer que fui um bom aluno. Ainda tive o cuidado de cursar duas pós-graduações (História do Brasil e Patrimônio Histórico e Cultural).

É muito importante que todos nós mudemos o nosso comportamento.

José Sana
10/05/2019

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