sábado, 8 de setembro de 2018

VOTAR, SIM. BABAQUICE, NÃO!

Estamos no mundo chamado  Planeta Terra. Vivemos uma vida completamente falsa e inventada, a cada instante mais irreal. Nascemos todos de um pai e uma mãe que nos educaram ou nos educam  de acordo com o que pensa cada um, o mais forte, ou os dois juntos. De acordo com as leis naturais, as verdades incontestáveis podem ser assim alinhadas: 

Artigo 1º — A base do mundo é o DNA. Gerações e mais gerações contribuíram para que sejamos um pouco de cada criatura vivente, ou muito de certos indivíduos. Quer dizer que quer aceitemos ou não,  chegamos ao mundo com determinadas tendências que podem ser encaixadas como do bem ou do mal. E podem ser, também, desenvolvidas em profundidade. A bíblia está certíssima quando informa que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (1º Testamento). Estamos longe de alcançar esse patamar chamado Deus, mas é sempre o nosso objetivo e um dia, querendo ou não, chegaremos lá. Também no 1º Testamento, em Eclesiastes está inserida a confirmação irrefutável que consta da Carta de São Paulo aos Coríntios: “Vós sois o templo de Deus vivo!”

Artigo 2º — A família a que pertencemos começa a ditar, por exemplos, comportamentos diversos, palavras e orientações, o nosso caráter. E nos matricula, quando pode, na escola que lhe convém. O DNA influi em tudo, mas ele tem vários ramais possíveis de influência. Então, vamos desenvolver ao longo da vida uma espécie de ensinamento artificial com tendência genética. 

Artigo 3º — Somos falsos na vida à medida que tentamos imitar quem não tem o nosso sangue. Desenvolvemos dentro de nós ideologias, sentimentos, vontades que são o somatório de tudo. É básico saber o seguinte: podemos nos livrar de certos defeitos ou determinadas virtudes herdados de nossos ancestrais, a começar do pai e da mãe, mas não conseguimos descartar o conjunto completo. É por isso que é providencial entender um dos mandamentos da Lei de Deus, ditado por religiões cristãs, que se resume no seguinte enunciado: “Honrar Pai e Mãe”.

Artigo 4º — O ser humano, em parte, pensa que todos devemos ser iguais e não percebe que, com certeza, não precisamos nos esforçar porque somos matematicamente similares, cientificamente análogos. A diferença que há não é verdadeira e é colocada em prática porque houve um erro fatal na interpretação inicial da história do homem no Planeta Terra. Tal alicerce é incorreto e ficou assim claro mas não é verdade, que o Dinheiro é o deus do mundo. Deus bajulado, adorado e que ainda dá a dimensão de uma palavra que acaba se tornando falsa: dignidade. Raciocinando por tal ângulo quer dizer que somos e seremos todos diferentes, eternamente, porque nunca haverá uma declaração de renda de que oito milhões de pessoas possuem, por exemplo, exatamente um milhão de reais, ou de dólares, ou de euros. Nem um centavo a menos ou a mais. Então, o dinheiro é um mero acaso que apareceu em nossa vida, uma contingência. Por abrupta ignorância nossa, nos faz guerrear incessantemente em todas as partes do mundo. A guerra é por mentiras e falsidades. Conclusão: somos babacas, visivelmente tapeados.

Aqui faço uma interrupção proposital da longa abertura deste texto, prometo voltar depois para dar a sequência filosofal do tema, que é abrangente.  Agora devo entrar no assunto do momento, a política e o período eleitoral que já começou. Aproveitemos o que tentei explicar na abertura: construímos, sem base, uma pirâmide desestruturada, um castelo no ar — assim constitui o mundo falso em que vivemos. Nessa falsidade, vamos tocando o bonde e estamos sentindo que cada vez mais nada dá certo. Fazemos o errado, vivemos mergulhados no erro e o bonde vai andando. Em cima da diligência perdida, que segue em rumo duvidoso, em foco, criamos outras regras. Imagine você que me lê (será que lê mesmo?) que estamos abrigados num castelo de papel construído em areia movediça. Por cima desse fraco ou inexistente arcabouço são feitas as regras para a disputa eleitoral.

Vamos eleger o presidente da República daqui a alguns dias. Cada um adota uma regra para direcionar ou explicar o seu  voto, incluindo os contestadores que querem ficar no branco ou no nulo, além dos indecisos, que vão deixando para a última hora os teor de seu voto. Lemos em livros, revistas, jornais, textos postados na internet, palavras ditas em entrevistas, palestras no rádio ou na televisão, todo um conjunto que pode nortear a nossa opção. Há, contudo, um porém muito sério: temos eleições batendo à nossa porta, temos um voto para ser dado, mas não há o candidato. Cadê ele? Não há. Repito: é um fantasma. Posso dar a ele, agora, a nomeação de  sujeito falsificado que, no período eleitoral, veste outro uniforme que não é o seu, põe chapéu e óculos escuros até, mas constitui o planejado por um profissional qualquer, bom ou mau, inteligente ou burro, sábio ou ignorante, a quem denominamos marqueteiro. 

A cada dia lemos ou vimos via imprensa: “Fulano vai explorar esta ou aquela postura e imagem”; “Sicrano é só paz e amor”; “Beltrano vai partir para o ataque” etc. etc. etc. Que coisa, hein? E tem mais, muito mais: um candidato só tem defeitos quando é forte nas pesquisas, que são falsas ou não. Há uma regra bem clara que sobrevoa a mente orientadora do marqueteiro: “Ninguém chuta cachorro morto”. Assim, construímos o futuro de nosso país. Votamos no modo de andar do candidato, no corte de seu cabelo, no tom de voz, em virtudes que uns veem e outros não. Quer dizer mais: votamos no marqueteiro, sabendo ou não. Que erro!


Só isso  quero dizer agora: somos babacas,100% tapados; não temos a mínima condição de escolher alguém pelo que julgamos ver porque vemos sempre a inverdade diante de nós, pedras sobre pedras a cobrir a transparência. Se querem escolher um candidato que lhe seja útil ou simpático, faça o seguinte: que seja notadamente uma escolha de regime ou sistema. Regime democrático? Acho que todos dizem sim. Ou ditatorial? Acredito pouco que essa seja a escolha infalível. Capitalismo ou Socialismo? Vamos fazer esta que é a única escolha verdadeira e perlustrar a história do mundo; sentir qual o caminho seria o saudável para todas as gerações. Mas é preciso que o Dinheiro desça do andar de cima e do pódio em que o colocamos, que seja retirada sua coroa de rei e fique esse rei nu e envergonhado; que seja entregue o bastão para qualquer cidadão ou grupo que entenda as leis verdadeiras de Deus, naturalíssimas sem tirar uma vírgula nem lhe impor um acento ortográfico qualquer. Volto depois ao assunto.

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