Terezinha
Incerti explicou a este repórter por que o itabirano adotou o 9 de outubro como
“Dia da Cidade”, preterindo a data correta de emancipação política e
administrativa de Itabira que é 7 de outubro de 1833.
Itabira do Mato Dentro, foto de Brás Martins da Costa, década de 30
Em “Itabira e Centro-Leste em Revista”, publicação número 10, de outubro de 1993, página18, a historiadora, professora e diretora de escolas Terezinha Fajardo Incerti explicou o erro que agride a verdadeira História de Itabira. Vamos reler o que ela declarou à revista: “Era o povoado de Nossa Senhora do Rosário de Itabira, ou Itabira do Mato Dentro, em 25 de janeiro de 1827, elevado a Distrito de Vila Nova da Rainha, hoje Caeté. Em 25 de maio de 1833 foi votada na Câmara Municipal da sede resolução desmembrando Itabira de Caeté. Termina aqui a dependência itabirana de seu município.
A instalação, que significou a transferência dos móveis e das decisões administrativas para Itabira do Mato Dentro, ocorreu em 7 de outubro do mesmo ano. Naquela época, foi eleita a primeira Câmara Municipal, cujo presidente foi o Major Paulo José de Souza, o mais votado nas eleições, com 874 sufrágios. A partir de sua administração, foi elaborado o primeiro Código de Posturas, que orientou os negócios realizados na Vila, que funcionava como Cidade, embora não tivesse tal designação”. As informações estão, também, gravadas em livros de atas gravados no Museu de Itabira, antigo Museu do Ferro,
Quinze anos e dois dias depois Itabira recebeu o foro (nome) de Cidade, ou seja, em 9 de outubro de 1848".
Terezinha Fajardo Incerti, 1993, foto de Taquinho Silva
Terezinha
Incerti explicou a este repórter por que o itabirano adotou o 9 de outubro como
“Dia da Cidade”, preterindo a data correta de emancipação política e
administrativa de Itabira que é 7 de outubro de 1833.
Continua a historiadora Terezinha Incerti: “A tradição da comemoração do Dia da Cidade em 9 de outubro se deu por iniciativa do então presidente da Câmara (o mesmo cargo de prefeito), Dr. José de Grisolia, para comemorar a data quando Itabira completava um centenário de emancipação.
Declarações
idênticas foram dadas pelo historiador e professor José Antônio Sampaio,
explicando os motivos deste engano histórico que todos esperam ser corrigido um
dia”, finaliza Terezinha.
José Antônio Sampaio, foto do Museu de Itabira/ 1965
José
Sana
Em 07/10/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário