quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O MUNDO É UM GRANDE FERRO-VELHO



Assusta-me por demais a ignorância humana. Recebemos de Deus um mundo para consertar e só o atrapalhamos. Passo algum é dado no caminho do desmanche desse ferro-velho de questões que se tornaram e se tornam praticamente insolúveis. Há sempre esperança de que tudo melhore, mas ninguém vislumbra luz no fim do túnel. Nostradamus previu que viveremos mil anos de paz. Contudo, somente depois de uma hecatombe terrível. E eu pergunto: quem topa enfrentar uma carnificina mundial?

É lei de há muito escrita em nossos compêndios de cultura e inteligência que todo efeito tem causa. Mas o ser humano nunca topa buscar a causa do mundo. Seria muito mais que necessário saber o porquê de tudo. Indispensável. Todos nós, governantes e governados, só buscamos assentar a poeira, puxar o tapete e nos estender numa sombra de sossego. Um aviso para quem quer buscar a origem do mundo: basta ter coragem e humildade. Com dispensa de diploma de cientista.

Impressionante como cada um de nós aplica sentenças em cima de ideias balofas. Queremos resolver tudo na base do “pros cocos” ou “bumba-meu-boi”. Nenhuma paciência na busca de origens. Para entender isto, basta nos recorrer ao exemplo que a medicina nos fornece. Quando vamos ao médico e queixamos algum mal que nos aflige, ele quer, inicialmente, buscar a causa da desarmonia. Para alívio geral de dores ele receita remédios que são remendos, mas solicita imediatamente exames. Por meio dos resultados, emitidos por laboratórios pode ele saber como eliminar o problema que levou esse paciente à procura de um consultório médico.

Com este exemplo escancarado às suas vistas, o ser humano, seja um cidadão comum ou um detentor de poder, insiste em ingerir analgésicos. E sequer pensa que tal medicação não passa de engambelo. Acaba o problema momentaneamente, mas não corta o mal pela raiz. Assim caminha a humanidade. Assim chegamos a um topo de pacotes de questões. E sequer topamos parar para pensar. Assim só vamos nos afundando, enquanto o ferro-velho cresce como uma barragem da Vale. Um dia vai estourar, um dia vai nos arrebentar.

Dia deste um amigo me disse que o mundo é uma ratoeira cheia de ratos. Só crescendo. A reprodução, segundo ele, ocorre com ratazanas cheias de vontades de se multiplicarem e sequer sem saber que Malthus (1766-1834) morreu mas deixou as suas ideias, apenas colocadas de lado, mas que sempre voltam à tona: disparidade entre o crescimento demográfico e a produção de alimentos no mundo. Mas não somente a fome nos ameaça. O grito fatal se chama ignorância, preguiça e medo e inabilidade para respeitar a natureza. Será que Nostradamus tinha razão sobre  primeiro horror depois a paz?. E quem vai sobrar para contar como foi a catástrofe?

José Sana

Em 28/02/2019

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