terça-feira, 3 de março de 2020

OS SEM-NOÇÃO E O BOZO


Neste Carnaval de nada fazer, tudo parado na vida do povo, saí por aí procurando as tais  figuras que denominei “Sem-Noção”, também por absoluta falta do que fazer. Não houve tanta dificuldade para  encontrar alguma mula-sem-cabeça pela frente. Elas são muitas, denunciadas pela cara e pelas garras.

Os Sem-Noção (adiciono um hífen para oficializar cegueira, surdez, falta de tato, vagabundagem e outros adjetivos e substantivos mais, até alguns impublicáveis) também procuram os Com-Noção para desabafar a sua raiva por ter perdido contatos com tetas e outras mutretas.

Uma Sem-Noção falou de Bolsonaro. Essa tem saudade do Lula e da Dilma, que foram “presidentes totalmente engajados e que tornaram a Petrobras uma empresa altamente lucrativa e do povo”. Na verdade, esta primeira abordagem não foi feita a uma Sem-Noção. Ela tem noção exata de sua babaquice, mas é petista de carteirinha e contabiliza pessoas da família que perderam seus empregos e suas vantagens particulares. Tem a sua noção e a sua razão, portanto. Quer continuar mamando e não pode. Talvez seja golpe.

Mais na frente, outro esquerdista, este  que permaneceu durante longo tempo na direita por conveniência. Depois, não sendo dono de sequer um pé de alface para cuidar neste mundo, nem um vira-lata para lhe custar a ração de cada dia, achou melhor ser contra o governo, dá um ar de intelectualidade naquilo que faz. Só falta fumar cachimbo e passear de iate. De Sem-Noção juntou-se, portanto, à Esquerda Caviar, onde transbordam artistas e psedo-artistas.

Os Sem-Noção abundam na internet. Todos são livres para pensar e expressar as suas ideias. Consequentemente, também eu sou livre para admitir que os Sem-Noção vieram ao mundo exclusivamente para perder tempo, nada a aprender, falam e vomitam à vontade a má digestão provocada por prazer.

 Aproveitando o Carnaval, denominaram o nosso presidente da República de Bozo, aquele palhaço que diverte a meninada. O que Bozo fez de verdade? Primeiro foi eleito pelo voto popular. Lembro-me das eleições indiretas. O povo gritava, fazia passeata e anunciava no movimento “Diretas-já” o seu sonho que era votar para presidente. Aconteceu. Democraticamente, Bozo obteve a votação necessária para subir a rampa do Palácio. Os Sem-Noção são também amantes de ditaduras por quererem sua destituição prematura? Querem desrespeitar a vontade popular, além da Constituição Federal? Faz um ano e dois meses que Bolsonaro está lá e sem uma denúncia de corrupção sequer. Querem expulsá-lo. Tá bem. É ético. Sei.



Mais na frente, Bozo indicou ministros por critérios técnicos. Não pode? Os Sem-Noção dizem que não, que o certo é politicagem, coronelismo, que só valeria a favor deles. Bozo tirou impostos de medicamentos contra o câncer. Os Sem-Noção não amaram a ideia. Ele criou o 13º do Bolsa Família. Os Sem-Noção esperneiam como cães vadios. E latem. E rosnam sem parar.

Concluindo as façanhas do Bozo, eis que ele fez limpeza na Petrobras, o maior covil de bandidos do Brasil. E fez mais ainda: terminou a construção de BRs; reduziu os juros da Selic; anuncia como próxima a transposição do Rio São Francisco e vem aí a duplicação da BR 381, encalhada durante anos a fio; carteiras de estudantes de graça, não pode. Canalização de euros e dólares para países socialistas não existe mais. A luta está armada contra o mal, mas os Sem-Noção são contra tudo e contra todos.

Se eu me chamasse Jair Bolsonaro faria um curso de dicção para gritar melhor as suas besteiras que os Sem-Noção merecem ouvir. Na verdade, os Sem-Noção não entendem ainda os palavrões que lhe são arremessados. Se entendessem não seriam tão sem noção. Incomoda muita gente esse Bozo.

Terminando minhas palavras sobre os Sem-Noção, passam-me pela cabeça anunciados da Bíblia não apenas Católica, mas Cristã de modo geral. Diz lá que Jesus Cristo retornará ao mundo. Eu, particularmente, sei que Ele já voltou e está dentro de nós de há muito em forma de consciência plena de nossa identidade e destino. É o que basta. Procuremo-lo.

Agora falo para os religiosos: a vinda do Palhaço Bozo ao mundo signifoca que em corpo físico Jesus Cristo não virá mesmo. Qualquer ser humano, ou divino, que aqui chegar com o intuito de mudar o nosso comportamento, de tirar os marginais da boa vida e fazer com que todos sejam responsáveis e honestos, este será condenado, amarrado, açoitado e decapitado.

E os Sem-Noção continuam o seu martírio, pensando com a cabeça de outros Sem-Noção.

José Sana
Em 03/03/2020

Um comentário:

  1. Fala, meu amigo Sana!

    Então... pela sua régua, enquadro-me bem como meio "sem-noção", já que chamei seu presidente de Bozo várias vezes. Acho que errei mesmo. O palhaço Bozo nunca causou danos ao povo.

    Acredito que salvo em parte da classificação proposta, porque considero-me e fui avaliado como de centro, não sendo nem esquerda, nem direita. Não sou também comunista. Aliás, no conceito da ldrlabs.com, sou 36% liberal. Curioso, não? Fiz o teste e deu isso mesmo.

    Enfim, respeito sua opinião, mas interajo aqui, respeitosamente, só para lembrá-lo que esses rótulos ideológicos são todos falhos, seja de esquerdopatas, ou de mínions. Considero ainda mais nociva a cegueira dessa polaridade. Não consigo fechar os olhos nem para os roubos das mega empreiteiras, desde o período militar, nem do Jardim da Dinda (Collor), nem da venda subfaturada da CVRD (FHC), nem do Mensalão (Azeredo), nem do Petrolão (PT, MDB, PP e cia), nem da lavagem do cheque da JBS no PP para o Bolsonaro, nem os desvios dos auxílios-moradia "para comer gente", nem das rachadinhas dos gabinetes do clã Bolsonaro, nem dos favorecimentos do STF, nem das mordomias e vendas de votos dos congressitas.

    Por mim, quem rouba, indiferente do lado, é ladrão. Ao contrário da defesa anterior do presidente, não defendo que "bandido bom, é bandido morto". Contento-me que devolvam com multa, juros e correção monetária tudo que desviaram e que percam os direitos políticos. Só que a lei tem que valer para todos. Que Lula volte à prisão e lá, faça companhia com os Bolsonaros, Temer etc.

    Talvez por isso me sinto bem confortável ao centro. Enfim, tem razão. Não chamarei mais o Bozo... ops, o presidente de Bozo. Acho mais apropriado de fanfarrão, ou Bolso Safadão (risos). O barato da democracia é isso mesmo. A liberdade que temos hoje, graças aos "pseudo intelecutais", podemos debater civilizadamente, sem prejuízo às amizades e considerações. Pense nisso também. Não fossem eles, os artistas, você não poderia chamar o Lula de Luladrão e nem eu o Bolsonaro de Bozo ou de Safadão. Viva a democracia e viva a amizade!

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