(Leia se quiser. Pode descartar ou deletar e eu entendo. O bombardeio de informações está aterrorizando as
pessoas tanto quanto o tema Covid-19 propriamente dito. Este texto constitui apenas uma declaração
particular de que estou sendo proibido de vacinar contra gripe Influenza. E não
me vacino, infelizmente. Nasci coerente e morro coerente).
Primeiramente,
vamos recorrer à história e voltar ao período pós-Proclamação da República para
entendermos um pouco do tema em foco. Estamos em 1904 e o Rio de Janeiro, nossa
capital, transforma-se num caos. Desenrola-se um episódio marcante da História
do Brasil, cujas causas, segundo analistas, foram reflexos do 15 de Novembro de 1889.
O
povo, como sempre em toda a sua jornada, quer o retorno imediato, em forma de bem-estar
geral para si e os seus, das medidas governamentais prometidas. Sempre foi
assim e assim será até que se façam mudanças em nossa cultura. Eis aí a essência.
Ocorre na região central-nervosa do Brasil um acontecimento denominado pela
imprensa e historiadores de Revolta da
Vacina.
A
Revolta da Vacina foi uma insurreição popular, cujo objetivo se consistia em
reação à campanha de vacinação
obrigatória, colocada em prática contra a varíola pelo sanitarista Oswaldo
Cruz. Mas, como foi dito, o povo não estava satisfeito com as consequências
imediatas das mudanças da ordem política e econômica. Alvos do descontentamento: o presidente
Rodrigues Alves, o sanitarista Oswaldo Cruz e o bode expiatório, a vacina. O
governo decreta como obrigatória a imunização geral, mas o povo não aceita a imposição.
Resumo: envolvimento de cerca de 3 mil revoltosos, 30 mortos, 110 feridos,
aproximadamente 1.000 detidos e centenas de deportados. Acaba ocorrendo um golpe
de Estado, cuja explicação dos ditadores era restaurar as bases militares dos primeiros anos da
República.
Ponto
e vírgula no contexto. Só queria mostrar um fato histórico marcante e agora
compará-lo a outro fato, com certeza um dos mais sérios da vida no Planeta
Terra. Estamos em plena luta contra a propagação desenfreada e difícil de ser
contida de um vírus mortal e semi-mortal (depende de uma série de fatores) que
tem dois nomes cunhados pela ciência chinesa: Covid-19 e Corolavírus.
As
recomendações de prevenção são intensas, aos milhares, ou até milhões, as pessoas parecem desorientadas,
desesperadas, vendo, lendo, ouvindo informações as mais assustadoras e também
desencontradas, incoerentes. Cada cidadão que usa as redes sociais e recebe um
vídeo, ou áudio, ou reportagem, quer logo postar, até sem interpretar todo o
sentido, acrescenta “Este fala a verdade”. “Este eu conheço”, “Não deixe de ler
e de seguir esta mulher”, enfim, uma parafernália de sugestões que atordoam e
atormentam qualquer cabeça até mesmo colocada no lugar certo.
Enquanto
isso, os jornais digitais fazem o seu
jogo sensacionalista de sobrevivência.
Só para se ter uma ideia, apareceu nestes dias numa rede chamada de confiável, uma
entrevista de pesquisador com chamada assim
grafada: “Morrerão mais de um milhão de pessoas no Brasil”. Cruz credo! Além dos
exagerados prevalecem os desocupados, agora mais que milhões, em casa, sem ter
o que fazer, exaustos da própria
diversidade de temas que multiplicaram, mandam os famosos fake news. Até que cheguemos
à verdade, a falsidade triunfou e fez o indevido e impetuoso estrago.
Agora
a Vacina Proibida. Saltamos se 1904 para 2020. O nome dela é Influenza, que o
governo antecipa devido o momento e os
cumpridores de ordens começam a aplicar a partir desta semana em todo o Brasil.
Atentem: por enquanto sou eu que me opino sobre ela e vou, então, mostrar a
minha visão de um ser humano acima de 70 anos de idade. Depois de tantas
orientações, seleciono o necessário, para não me perder neste emaranhado só comparável
à Torre de Babel ocorrida depois do
dilúvio bíblico. Quero viver em paz e desejo a paz para todos. Por estar num grupo absolutamente de risco, como dizem; por
encontrar-me ainda em cura de uma
pneumonia parece que circunstancial, detectada faz 20 dias, estamos confinados (minha esposa
e eu) em nosso apartamento. Não falamos com ninguém pessoalmente.
Como informação
talvez necessária, citamos os nossos exemplos:
1.
Em todas as cidades do mundo os acima de
60 anos receberam e recebem a ordem expressa: não devem sair de casa. Os determinadores da austeridade são cientistas, médicos, profissionais de
saúde espalhados pelo mundo. Repito: não sair de casa! Gravaram a determinação
definitiva? Precisa ser cumprida à risca.
2.Temos
pavor de pneumonia, medo menor que de um vírus letal.
Portanto, fortemente recolhidos em prisão domiciliar, proibidos de tomar muitas atitudes corriqueiras
anteriormente, e determinados a executar medidas severas higienicamente. Só cuidados,
cuidados, cuidados. Vida de responsabilidades excessivas e até chatas.
3. Dispensamos
cozinheira, faxineira, passadeira, manicure e vamos adiante.
4.
Dependemos de padaria, supermercado, farmácia e drogaria; tudo é pedido via
telefone; temos filhos para nos ajudar também; as entregas são feitas ao
porteiro, devidamente instruído, que deixa a sacola plástica (eita ofensa ao
meio ambiente que tentamos amenizar!) em nossa porta e nos avisa por interfone; pegamos tudo com luvas e
descartamos as embalagens; lavamos as mãos em seguida e de meia em meia hora,
mesmo estando sozinhos; evitamos levar as mãos na boca, ao nariz e aos olhos.
5.
Falamos com a família e amigos por programa
devidamente instalado, na internet, até jogo bola com um netinho de um ano e
meio, que adora dar uns chutões e ver se saiu algum gol, e comemora. Precisamos
de novas distrações.
6.
Para quem quer saber como nós, casal de 50 anos de convivência, estamos
vivendo: dormimos em quartos distintos e
usamos banheiros separados, recebemos
orientações as mais profundas e sérias. E cumprimos à risca.
7. Chega
a hora da vacinação contra a gripe Influenza. Para cumprir o chamado vamos trombar
com as convicções de fugir de um inimigo invisível e ou perder o medo do
desconhecido que está vagando por aí e que dizem: vai passar por todos os
caminhos e procurar destruir.
8.
Conclusão inapelável: se não podemos sair de casa; se devemos obedecer
detalhadamente as recomendações médicas e científicas; se temos que nos curvar
a sacrifícios que exigem uma paciência de Jó, tudo para não sermos afetados
pelo Covid-19, não nos defrontamos com uma incoerência fatídica? Para
esclarecer, pergunto: vamos sair de casa agora e, na rua, sem segurança, em
ambientes de aglomerações (não digam que vão conseguir conter a multidão), acotovelar-nos
com outros velhos, a maioria desinformada e perdida na imensidão nesta Torre de
Babel e correr o risco de sermos atingidos por um vírus infinitamente mais perigoso
que uma gripe corriqueira? Socorram-me porque querem ou me fazer de bobo ou
adoram abusar da ignorância alheia.
9.
Conclusão das conclusões: a Vacina Obrigatória de 1904 provavelmente não teve a
minha participação. Mas juro que se lá estivesse seria o primeiro a oferecer os
músculos para receber a agulhada e combater a varíola que matava grosseiramente
naquele tempo. Agora, em 2020, vivido,
escolado, atencioso, detalhado, obediente à lógica e à realidade, sabem diante
de qual decisão me encontro? Anotem: da Vacina Proibida.
10. Adeus,
Vacina contra Influenza agora! Quem sabe depois que passar esta tormenta? Ou se um robô japonês aqui chegar bem protegido. Alerto
você por precaução: não me siga, mas atenda à sua consciência. Ela lhe
esclarece o caminho mais prudente.
11. E
que Deus nos abençoe e proteja. Amém!
José
Sana
Em
22/03/2020
MAIS ALERTA: Os
moradores de Itabira, especialmente os velhos, não entenderam ainda os riscos
fatais a que estão expostos. Infelizmente, corremos o risco de presenciar uma
tragédia que poderia ser evitada. Está feito o meu alerta comunitário.
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