domingo, 22 de março de 2020

A VACINA OBRIGATÓRIA E A VACINA PROIBIDA (Leia depois de depois de amanhã)


(Leia se quiser. Pode descartar ou deletar e eu entendo. O bombardeio de informações está aterrorizando as pessoas tanto quanto o tema Covid-19 propriamente dito. Este texto constitui apenas uma declaração particular de que estou sendo proibido de vacinar contra gripe Influenza. E não me vacino, infelizmente. Nasci coerente e morro coerente).

Primeiramente, vamos recorrer à história e voltar ao período pós-Proclamação da República para entendermos um pouco do tema em foco. Estamos em 1904 e o Rio de Janeiro, nossa capital, transforma-se num caos. Desenrola-se um episódio marcante da História do Brasil, cujas causas, segundo analistas, foram  reflexos do 15 de Novembro de 1889.

O povo, como sempre em toda a sua jornada, quer  o retorno imediato, em forma de bem-estar geral para si e os seus, das medidas governamentais prometidas. Sempre foi assim e assim será até que se façam mudanças em nossa cultura. Eis aí a essência. Ocorre na região central-nervosa do Brasil um acontecimento denominado pela imprensa e  historiadores de Revolta da Vacina.

A Revolta da Vacina foi uma insurreição popular, cujo objetivo se consistia em reação  à campanha de vacinação obrigatória, colocada em prática contra a varíola pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Mas, como foi dito, o povo não estava satisfeito com as consequências imediatas das mudanças da ordem política e econômica.  Alvos do descontentamento: o presidente Rodrigues Alves, o sanitarista Oswaldo Cruz e o bode expiatório, a vacina. O governo decreta como obrigatória a imunização geral, mas o povo não aceita a imposição. Resumo: envolvimento de cerca de 3 mil revoltosos, 30 mortos, 110 feridos, aproximadamente 1.000 detidos e centenas de deportados. Acaba ocorrendo um golpe de Estado, cuja explicação dos ditadores era restaurar  as bases militares dos primeiros anos da República.

Ponto e vírgula no contexto. Só queria mostrar um fato histórico marcante e agora compará-lo a outro fato, com certeza um dos mais sérios da vida no Planeta Terra. Estamos em plena luta contra a propagação desenfreada e difícil de ser contida de um vírus mortal e semi-mortal (depende de uma série de fatores) que tem dois nomes cunhados pela ciência chinesa: Covid-19 e Corolavírus.

As recomendações de prevenção são intensas, aos milhares, ou até milhões,  as pessoas parecem desorientadas, desesperadas, vendo, lendo, ouvindo informações as mais assustadoras e também desencontradas, incoerentes. Cada cidadão que usa as redes sociais e recebe um vídeo, ou áudio, ou reportagem, quer logo postar, até sem interpretar todo o sentido, acrescenta “Este fala a verdade”. “Este eu conheço”, “Não deixe de ler e de seguir esta mulher”, enfim, uma parafernália de sugestões que atordoam e atormentam qualquer cabeça até mesmo colocada no lugar certo.

Enquanto isso,  os jornais digitais fazem o seu jogo sensacionalista  de sobrevivência. Só para se ter uma ideia, apareceu nestes dias numa rede chamada de confiável, uma entrevista de pesquisador com  chamada assim grafada: “Morrerão mais de um milhão de pessoas no Brasil”. Cruz credo! Além dos exagerados prevalecem os desocupados, agora mais que milhões, em casa, sem ter o que fazer, exaustos  da própria diversidade de temas que multiplicaram, mandam os famosos fake news. Até que cheguemos à verdade, a falsidade triunfou e fez o indevido e impetuoso estrago.

Agora a Vacina Proibida. Saltamos se 1904 para 2020. O nome dela é Influenza, que o governo antecipa devido o momento  e os cumpridores de ordens começam a aplicar a partir desta semana em todo o Brasil. Atentem: por enquanto sou eu que me opino sobre ela e vou, então, mostrar a minha visão de um ser humano  acima de  70 anos de idade. Depois de tantas orientações, seleciono o necessário, para não me perder neste emaranhado só comparável  à Torre de Babel ocorrida depois do dilúvio bíblico. Quero viver em paz e desejo a paz para todos. Por estar num  grupo absolutamente de risco, como dizem; por encontrar-me  ainda em cura de uma pneumonia parece que circunstancial, detectada  faz 20 dias, estamos confinados (minha esposa e eu) em nosso apartamento. Não falamos com ninguém pessoalmente.


Como informação talvez necessária, citamos os nossos exemplos:

1. Em todas as cidades  do mundo os acima de 60 anos receberam e recebem a ordem expressa:  não devem sair de casa. Os determinadores da  austeridade  são cientistas, médicos, profissionais de saúde espalhados pelo mundo. Repito: não sair de casa! Gravaram a determinação definitiva? Precisa ser cumprida à risca.

2.Temos  pavor de  pneumonia, medo menor que de um vírus letal. Portanto, fortemente recolhidos em prisão domiciliar, proibidos de  tomar muitas atitudes corriqueiras anteriormente, e determinados a executar medidas severas higienicamente. Só cuidados, cuidados, cuidados. Vida de responsabilidades excessivas e até chatas.

3. Dispensamos cozinheira, faxineira, passadeira, manicure e vamos adiante.

4. Dependemos de padaria, supermercado, farmácia e drogaria; tudo é pedido via telefone; temos filhos para nos ajudar também; as entregas são feitas ao porteiro, devidamente instruído, que deixa a sacola plástica (eita ofensa ao meio ambiente que tentamos amenizar!) em  nossa porta e nos  avisa por interfone; pegamos tudo com luvas e descartamos as embalagens; lavamos as mãos em seguida e de meia em meia hora, mesmo estando sozinhos; evitamos levar as mãos na boca, ao nariz e aos olhos.

5. Falamos com a família e amigos por  programa devidamente instalado, na internet, até jogo bola com um netinho de um ano e meio, que adora dar uns chutões e ver se saiu algum gol, e comemora. Precisamos de novas distrações.

6. Para quem quer saber como nós, casal de 50 anos de convivência, estamos vivendo: dormimos em quartos distintos  e  usamos banheiros separados, recebemos orientações as mais profundas e sérias. E cumprimos à risca.

7. Chega a hora da vacinação contra a gripe Influenza. Para cumprir o chamado vamos trombar com as convicções de fugir de um inimigo invisível e ou perder o medo do desconhecido que está vagando por aí e que dizem: vai passar por todos os caminhos e procurar destruir.

8. Conclusão inapelável: se não podemos sair de casa; se devemos obedecer detalhadamente as recomendações médicas e científicas; se temos que nos curvar a sacrifícios que exigem uma paciência de Jó, tudo para não sermos afetados pelo Covid-19, não nos defrontamos com uma incoerência fatídica? Para esclarecer, pergunto: vamos sair de casa agora e, na rua, sem segurança, em ambientes de aglomerações (não digam que vão conseguir conter a multidão), acotovelar-nos com outros velhos, a maioria desinformada e perdida na imensidão nesta Torre de Babel e correr o risco de sermos atingidos por um vírus infinitamente mais perigoso que uma gripe corriqueira? Socorram-me porque querem ou me fazer de bobo ou adoram abusar da ignorância alheia.

9. Conclusão das conclusões: a Vacina Obrigatória de 1904 provavelmente não teve a minha participação. Mas juro que se lá estivesse seria o primeiro a oferecer os músculos para receber a agulhada e combater a varíola que matava grosseiramente  naquele tempo. Agora, em 2020, vivido, escolado, atencioso, detalhado, obediente à lógica e à realidade, sabem diante de qual decisão me encontro? Anotem: da Vacina Proibida.

10. Adeus, Vacina contra Influenza agora! Quem sabe depois que passar esta tormenta? Ou se um robô japonês aqui chegar bem protegido. Alerto você por precaução: não me siga, mas atenda à sua consciência. Ela lhe esclarece o caminho mais prudente.

11. E que Deus nos abençoe e proteja. Amém!

José Sana
Em 22/03/2020

MAIS ALERTA: Os moradores de Itabira, especialmente os velhos, não entenderam ainda os riscos fatais a que estão expostos. Infelizmente, corremos o risco de presenciar uma tragédia que poderia ser evitada. Está feito o meu alerta comunitário.

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