Ninguém sabe em
Itabira quem matou um motorista de táxi e deixou seu corpo dentro de seu veículo na Via 105, perto da Vila Amélia, há alguns anos.
Ninguém sabe
também em nossa cidade quem matou o motorista, também de carro de aluguel,
muito conhecido como D... do Táxi. Seu corpo foi encontrado mas o mistério
continua.
Ninguém sabe
quem matou uma menina-moça, de 17 anos, que morava no bairro Campestre, em Itabira.
Ou melhor, a Globo estava com tudo pronto para desembarcar na terra de Cornélio
Penna e aqui produzir o programa Linha Direta. Quem matou se sabe por suspeita
forte, mas houve um tapar de toalha quente e o “mistério” persistiu.
Outros crimes
ocorreram em Itabira, especialmente nas barragens e lagoas itabiranas. Um
empresário declarou a mim, como repórter, e eu fiz publicar, há uma dezena de
anos, que um ex-funcionário seu sumiu aterrado na Chácara Minervino. O crime foi denunciado (foi crime, sim), mas
o mistério (agora sem aspas) está
mantido.
Outros
desaparecidos mantêm-se envoltos na ignorância da Justiça, Polícia, políticos,
população etc. e não merecem a curiosidade de ninguém.
Nada do citado e
que se refere somente a Itabira foi resolvido e ninguém quis saber mais, assim
como temos milhares de sumidos em Minas Gerais, Brasil, mundo, que são
crianças, jovens, adultos, idosos.
Eis agora que,
incrivelmente, todos querem saber quem matou Max. Que Max é esse tão importante
assim? Sinceramente, não sei. Sei que está chegando ao fim uma tal de novela
chamada Avenida Brasil, (nada a ver com Belo Horizonte — na região central da
Capital ou Itabira — no bairro Amazonas), que é exibida por uma tal de Rede
Globo de Televisão, no horário considerado nobre.
Informa o
noticiário que o governo montou um esquema especial para que não ocorra, nesta
sexta-feira, um blecaute ou apagão, em
todo o país. Não entendi bem, mas se presume que milhões de brasileiros estarão
vendo o (s) capítulo (s) final (ais) da dita cuja novela (menos um, que será eu,
que não quero saber quem fingiu que matou Max). Há também “briga” de candidatos
em Salvador (BA), que querem mostrar, durante comício, o capítulo final em
telões para que o povo permaneça no ato público.
Então, fica
assim: o que é verdade ocorrendo neste país ninguém quer saber, mas o que passa
na cabeça de um novelista, ficção pura, o Brasil quase inteiro está
interessando em se esclarecer. E quando a novela terminar, todos vão dormir,
passam mais uma semana, um mês, comentando, enquanto o escritor do folhetim se
delicia por ter feito de escrava uma pátria quase inteira de 200 milhões de
seres quase humanos...
Realmente preoculpamos com problemas fictícios e nos esquecemos do que de fato é importante.
ResponderExcluirrsrsrs
Vc esta certa Jakeline, esquecemos das coisas importantes para lembrar das fúteis. E gostamos de ver a desgraça alheia. Somos muito pobres. MARIA ANGELA TEIXEIRA.
ExcluirO ser humano e vergonhoso mesmo. Paulo Darcy Queiroz
ResponderExcluirO que a televisão poderia oferecer de bom para o cidadão nenhuma das emissoras se prestar a apresentar. O que vemos é pura baixaria sexual, além de o ensino muito prático da violência e da traição.
ResponderExcluirSEBASTIÃO FURTADO ITABIRA BAIRRO CAMPESTRE