segunda-feira, 8 de outubro de 2018

DECLARAÇÃO OFICIAL: O ÚLTIMO BURRO DO PLANETA TERRA

Cheguei, hoje, finalmente, depois de muito pensar, a uma conclusão inarredável: sou um burro sem pasto. Para que algum eventual intelectual que me lê, duvido que faça tal exercício irregular, me entenda, em sua homenagem, vou ao dicionário para encontrar a designação impressa nos "aurélios": “Burro é Asno, nome científico Equus africanus asinus. Trata-se de uma subespécie doméstica do Asno-selvagem-africano. Ainda no dicionário, no Brasil, o termo "burro" pode designar cruzamento entre essa espécie e a Equus ferus caballus (cavalo), quando resulta num animal de gênero macho. Quero dizer, no meu próprio conceito, ajudado por seres inteligentes que burro é uma pessoa ignorante, tapada, olhos vedados, surda, cega, ultrapassada, obsoleta. Eu me declaro, portanto um ser de validade vencida.

Pensava eu que o povo proclamasse besteiras sobre liberdade de expressão, direito de opinião, respeito às conceituações de ideias. Estava enganado. Entendia que, apesar de todos pensarem diferente, houvesse uma forma de entendimento que seguisse o caminho da lógica, que é a parte da filosofia que trata das formas do pensamento em geral, que podem ser dedução, indução, hipótese, inferência, e das operações intelectuais que visam à determinação do que é verdadeiro ou não. Mas estava errado: temos que admitir que a verdade não existe, custa-me crer nisso, mas essa posição advém da conclusão que acabo de chegar: eu sou um burro, ou melhor, autêntico quadrúpede. Acrescento: burro de carga, com baixeiro, cangalha e barbicacho.

Quero me referir hoje a três sistemas político-econômicos que são de conhecimento dos "experts" em assuntos de governo:  Socialismo, Capitalismo e Comunismo. Abro um parênteses para buscar definições que não são minhas, é claro, pois sou um burro, descredenciado a vomitar asneiras, para focar o tema.  Socialismo é um sistema que visa a uma sociedade totalmente igualitária, sem distinção nas classes sociais e total controle de renda e comércio pelo Estado, dentro do qual se aplica a uma socialização dos meios de produção. Capitalismo é o oposto, em que o acúmulo de bens e a abertura para a globalização são alguns dos elementos principais. Neste sistema, vemos que existe um cenário propenso para o grande crescimento econômico e investimentos estrangeiros. O Comunismo é uma fase avançada do socialismo, diferente do anterior, mas, como não houve ainda socialismo concluído no mundo, esse ainda não vingou.




Retorno à minha burrice e me dizem que não posso opinar, não tanto pela minha asna maneira de pensar, mas porque tenho que respeitar a presunção alheia. Nos países que aplicam o Socialismo vejo estes exemplos: em Cuba, por exemplo, prevalece um regime fechado. É proibido ao cidadão cubano sair de seus limites geográficos. Idem na Coreia do Norte. Tente furar o cerco de seu território. Com certeza, seu corpo ficará com um quilograma a mais pelo chumbo que receberá! Nas Alemanhas arrancaram o Muro de Berlim, mas as diferenças perduram: o lado Oriental, socialista, que passa fome; o Ocidental, capitalista, que sustenta grande parte do globo terrestre.

Vou finalizar o meu tratado de burrice: o projeto petista quer tornar o Brasil um país socialista. Melhor dizendo: um país mais burro que eu. Mas dou razão a quem me chama de asno porque já me declarei, digitei o documento e reconheci a firma com selo e o famoso “dou fé”. Desde 1990, quando o então futuro presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, hoje eminente presidiário de Curitiba, assinou um documento denominado Foro de São Paulo, ao lado de seu guru Fidel Castro, as ideias socialistas bolivarianas passaram a ser o Plano de Governo Eterno Petista. Durante os períodos lulista e de Dilma Rousseff, de 2002 até agora (Michel Temer é criação da esquerda socialista) estamos vivendo a plena caminhada rumo à consolidação dos sonhos de líderes inteligentes, como o próprio Fidel Castro, morto mas substituído por seu irmão, Raúl Castro; Evo Morales, que toca o governo da Bolívia e Hugo Chavez, da Venezuela, que foi para o outro mundo, mas de lá, segundo seu sucessor, Nicolás Maduro, manda ordens expressas, via orixás, melhor dizendo, exus.

Para a construção desse imaginário futuro império da desgraça, já foram desviados, só no desgoverno Dilma Rousseff, segundo senadores da República, inimagináveis quantias em dólares, na casa dos bilhões. Quer dizer, estamos também financiando o sistema retardatário, empobrecendo-nos dia a dia, como se pudéssesmo ver de frente o seguinte quadro: um filme faroeste, John Wayne obriga  o vilão Billy the Kid a perfurar uma sepultura para ele próprio, vigiado por Tom Mix, disposto a dar tiros para todos os lados. Só não se encaixa o exemplo porque os bandidos que metem a picareta e o enxadão na cova somos nós, que não somos ladrões de gado, apenas vítimas do absurdo que não entra em minha cabeça emburrada.

Não entra porque a burrice cresce a mil por hora, já me declarei, repito, o resto que se dane, não volto a palavra à sua origem. Acho que nem deveria ter escrito estas linhas porque burro não deve se atrever a extrapolar a sua classificação dentro da escadaria das raças. Ele está bem atrás do boi e da vaca, do cabrito e do carneiro, do próprio jumento e do cavalo, do cachorro e do gato. Eu sou ele, volto a dizer, precisamos votar em Fernando Haddad para ser confirmada a minha certeza absoluta, tapada da cabeça aos pés, de que não consigo me safar. Mas quero morrer assim e, se acharem conveniente, insiram em minha sepultura o seguinte epitáfio: “Aqui jaz o último burro do Planeta Terra."

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