Sou Bolsonaro,
sim, porque nasci filho de uma criação do Planeta Terra, que aprendi desde
cedo ser descendente de um Deus supremo, que não interfere em nossas vidas, que
nos premiou com o intocável livre arbítrio para seguirmos à frente e transformarmos
n’Ele próprio em algum dia da posteridade. Ele, que nos fez à sua imagem e semelhança,
o que significa cultivar o sonho viável da perfeição e reconhecer que somos ainda
maus e ignorantes, nos inspira lutas enquanto não chega o porvir a que teremos
plenos direitos.
Sou Bolsonaro,
sim, porque Deus me privou em parte de um sentido, a audição, mas,
proporcionalmente, me recompôs com outras faculdades, igualmente valiosas e,
provavelmente, mais ligadas à espiritualidade indispensável à paz,
principalmente a interior, que nos conduz a outras, em irmandade com quem nos
quer bem ou mesmo mal.
Sou Bolsonaro,
sim, porque se temos o livre arbítrio para escolher o nosso caminho, temo-lo
também para ser fortes e decidir, por nós mesmos, colocar grande parcela de nossa
inteligência em nosso serviço, além da sabedoria, mesmo ainda prematura, para
construirmos dentro de nós o governo de nós mesmos, cientes de que cada um
carrega a sua respectiva cruz..
Sou Bolsonaro,
sim, porque aprendi nos meus estudos, atrasados por motivos extremamente
particulares e naturais, que todo ser humano quer conforto e bem-estar, e tem,
portanto, que nutrir o suficiente desejo de satisfazer as suas necessidades, seus sonhos e vocações que nascem dos dons
vindos exatamente da origem; e que chegamos ao mundo para andar à frente, jamais engrenarmos marcha à ré em
nossa caminhada célere ou vagarosa.
Charge de Son Salvador |
Sou Bolsonaro,
sim, porque a visão do mundo, hoje clara para os seus habitantes, mostra-nos
que os países mais progressistas adotam o Capitalismo como sistema e que precisamos
exterminar expressões bizarras e grotescas de que devemos encher a barriga de
nossos irmãos viventes com esmolas que atrasam o desenvolvimento de cada um; cometemos
o crime de mantê-los escravos, como sempre foi feito na humanidade, a título de
cassar liberdades inalienáveis que retardam o desenvolvimento integral e humano.
Sou Bolsonaro,
sim, porque nada me preocupa a conduta pessoal do candidato, apenas o seu dom
administrativo; tive pais que me guiaram nos primeiros passos, avós que me
afagaram, tenho tios que me abençoam, irmãos, sobrinhos primos, esposa, filhos,
netos e amigos em grande número, todos que, me compreendem ou não, mas que curtem o respeito, mesmo, às
vezes, silenciosamente. Diante deste exemplo, o que há a fazer é tornar todos
assim amparados pela família, a célula da vida. Se tudo moralmente vai mal, é o
reflexo de abandono desta estrutura inicial. O que está em jogo é Capitalismo
ou Comunismo, o resto é paixão e fanatismo particulares. Referente a outros
detalhes precisamos ser deles mais atenciosos: vamos lutar por famílias sadias física,
moral e espiritualmente equilibradas.
Sou Bolsonaro,
sim, porque aprendi a me politizar e a escolher ideias e rumos e não homens
mortais e errantes como todos somos; e, portanto, não sou Bolsonaro
essencialmente, mas tenho-o como ferramenta para executar ideias nos rumos do
progresso e desenvolvimento, este que promove a felicidade dos povos. E repito:
se não der certo com ele, que caia fora rapidamente, como nós, brasileiros,
expulsamos um dia alguém arrogante e improdutivo que não cumpriu as suas
devidas obrigações.
Sou Bolsonaro,
sim, porque surgi na Terra como um humilde pecador que vaga por ela, que já errei
demasiadamente e me cansei de métodos derrotados; já fui desleal até comigo mesmo,
mas que entendi agora que devo despir-me do capricho e do egoísmo e que abrir determinadamente
o coração é um passo à frente. E é para a frente que se anda.
Sou Bolsonaro,
sim, porque deixei de ser covarde e de querer fazer mistérios com a fraca condição
material humana, poses grotescas, e que agora sou um ex-hipócrita, que promete
continuar assim sendo até os últimos dias de minha vida, mesmo que custe ser
pregado numa cruz por quem se julga participante do júri do Juízo Final. Não
permitirei de mim marketing para ocultar inverdades e mostrar virtudes que não
tenho. Sou eu e pronto, abro o livro para quem queira perlustrar as suas
páginas.
Sou Bolsonaro,
sim, porque sou responsável por mim mesmo, assim como todos devem ser, dono livre
de meu destino, disposto a vencer o prêmio da transparência em ações ou receber o castigo por erros repetidos.
Perdoarei a quem me causou prejuízos e ajoelharei nos pés daqueles os quais
impus dores e pesares.
Finalmente, agradeço
a Deus por creditar a meu favor a inspiração e a coragem para escrever estas
palavras simplíssimas e me colocar inteiramente de peito aberto para enfrentar questionamentos
como estes: “O que deu em você, Zé, que
agora resolve mudar o comportamento? O que será se o seu candidato for
derrotado?” Quanto a uma eventual derrota de meu declarado
candidato, direi apenas o seguinte: “A vida continua.” Só quero que esta página,
agora escrita, datada e assinada, seja uma espécie de epitáfio, mesmo longo e
cansativo, para os meus progênies ou amigos. Que as possíveis gerações futuras vejam e tenham a seguinte
certeza: tentei ser pelo menos o beija-flor que procurou apagar o incêndio da ignorância
humana da qual fiz ou ainda faço parte.
Caso esse
destino não seja digno, ou cruel, sentarei num meio fio qualquer, onde estiver,
mesmo se for daqui a cem anos em outras eventuais passagens da eternidade, e chorarei abraçado aos que ajudei a massacrar. E rogarei mais uma
vez perdão, porque, mesmo com esforço, coragem e abnegação, não tive a sabedoria de ser mais claro ao usar as
minhas fracassadas exposições e tentativas de desenhar, nua e crua, a verdade de
meu tempo de permanência neste planeta.
Concluindo: sou
Bolsonaro, sim, porque se ele errar, repito, se a verdade não o acobertar, sei
que será mais fácil arrancá-lo do poder do que qualquer outro do lado contrário,
dos que têm como meta inicial cassar a nossa liberdade e o dom a que me referi
no início, concedido por Deus, o
insubstituível livre arbítrio.
Itabira, 5 de outubro de 2018
José Sana
Itabira, 5 de outubro de 2018
José Sana
Acompanho o relator, sem nada a acrescentar. Só a certeza que se estiver errado, estaremos ambos, de corrente,mente e propósito. E viva o Brasil de uma nova era.A do respeito e da não mentira.
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