O
jornal O TEMPO deste domingo, 21 de outubro de 2018, publicou, na página 12,
texto da jornalista Miriam Leitão, intitulado “Falsos problemas dividem o
país”. Não vou analisar todo o texto, apenas o teor que compõe a trama da
articulista.
O
título por ela adotado não se encaixa no contexto, considerando que os
problemas enfocados são verdadeiros da América Latina, e não há falsidade
alguma como ela julga. Há uma luta inglória contra ameaças vindas da prateleira
de baixo de governos acéfalos, Está de volta ao Brasil a velha briga de Direita
x Esquerda e Capitalismo x Socialismo/Comunismo. Não sei se a reconhecida
jornalista faz de conta que não vê ou apenas assume o papel de ignorante. O foco da eleição presidencial, já foi dito e
repetido por mim e por outros jornalistas e cientistas políticos: não temos
eleição este ano, mas um plebiscito de rua de baixo contra rua de cima, isto é,
ou o Brasil vai subir a escadaria em que possa sonhar com o progresso para recuperar-se
dos trancos sofridos nos últimos quatro mandatos presidenciais ou descer
desenfreadamente ladeiras para os
confins do inferno.
A
“dona da verdade” diz o contrário do que se vê. Ela quer outras pautas para
discussão na campanha eleitoral. Não assume que não há mesas nem redondas nem
quadradas para tais debates. Miriam Leitão enxerga a ditadura comunista de
Lênin e Stálin gerando a desastrada União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS) e anuncia que o drama protagonizado pelos bolcheviques
teve fim. Também vê findo o sistema que matou 77 milhões de chineses, comandado
pelo sanguinário Mao Tsé-Tung na China, cujo imenso país se transformou
recentemente numa grande nação capitalista e próspera. Ainda lembra que já teve
fim não só a Segunda Guerra Mundial, como foram derrotados o nazista Adolf
Hitler e o fascista Benito Mussolini. Com tais exemplos, anuncia que não se
deve mais, no mundo, haver preocupações quanto ao Socialismo rumo ao Comunismo.
Só faltou escrever que a campanha de Jair Bolsonaro está vendo assombração
durante o dia.
Leitão,
no entanto, faz vistas grossas para a América Latina, onde está o estopim de
uma catástrofe anunciada, nesta ampla região do globo terrestre que teima em
manter acesa a chama já apagada no Primeiro Mundo do Socialismo retardado. Por
estas bandas há fortes resistências e rondam por todas as extensões os
fantasmas de Fidel Castro e Hugo Chávez, além do espectro Simon Bolívar. O que
denota atraso clamoroso de postura politico-economico-social é que o Brasil,
por meio de suas embrutecidas lideranças de esquerda, de há muito sonha com tão inadmissível desgraça: repetir
o que não deu certo em terras promissoras e querer promover a entrada em cena
de personagens ou atores folclóricos, a exemplo de Raúl Castro, Evo Morales, Nicolás Maduro, Lula da Silva, Dilma Rousseff (essa já despachada) e outros
menos votados.
Com
certeza, Miriam Leitão conhece ou já ouviu falar em Foro de São Paulo, que
prossegue sendo discutido por dezenas de países do submundo político e, com certeza,
já ouvir referências também à União das
Repúblicas Socialistas Latino-Americanas (URSLA). Então, cabe agora acrescentar
ser possível admitir que a jornalista, ao liberar para publicação o seu texto, quis
apenas se fazer de alheia ao que corre nos becos da pobreza das Américas
sofredoras ou, propositadamente, para tentar desvalorizar o candidato líder nas
pesquisas. Necessário é que alguém lhe diga: “Oh, senhora, vamos convir que a
ignorância ainda não tomou conta de todos!”.
Concluindo,
é oportuno que se façam perguntas:
—
Será que cabe uma espécie de puxão de orelhas neste petismo incrédulo que
defende o Socialismo de Ralé?
—
Não mais existe a palavra óbvio na língua portuguesa para evitar que se repitam
erros grassos cometidos no passado?
—
A jornalista Miriam pode definir o que significa menosprezar a inteligência de
seguidores e/ou meros ouvintes?
—
Quem está disposto a ser humilhado se for
imputado ao Brasil a pena do rebaixamento cultural e político par o mais
ridículo patamar da mediocridade e aí fazer jus, inapelavelmente, de um novo nome
que pode ser País Socialista do Pão com
Mortadela?
José Sana
21/10/2018
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